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CULTURA

Bhagavad Gita: O livro sagrado indiano que influenciou “o pai da bomba atômica”

O filme biográfico “Oppenheimer”, dirigido por Christopher Nolan, retrata a biografia do físico norte-americano Robert Oppenheimer, conhecido como o “pai da bomba atômica”. A obra tem sido elogiada internacionalmente, mas enfrentou protestos na Índia devido a uma cena em que Oppenheimer lê o “Bhagavad Gita”, livro sagrado do hinduísmo, após fazer sexo.

Oppenheimer tinha grande afinidade com o “Bhagavad Gita” e aprendeu sânscrito para lê-lo no idioma original. Antes do teste da primeira bomba atômica em 1945, ele recitou um trecho do livro, demonstrando sua ligação com a obra e a filosofia hindu.

O filme é pautado em uma história respeitada, “American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer”, de Kai Bird e Martin J. Sherwin. Oppenheimer desenvolveu sua paixão pelo sânscrito e o “Bhagavad Gita” com a ajuda do docente Arthur W. Ryder, da Universidade da Califórnia em Berkeley.

Além de sua devoção à física, Oppenheimer tinha interesses em diversas áreas, como filosofia e literatura. Seu fascínio pelas línguas o levou a estudar vários idiomas, incluindo o sânscrito.

O cientista se viu profundamente influenciado pelas ideias do “Bhagavad Gita” sobre carma, destino e deveres terrenos, especialmente após o lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, que mudaram o mundo.

O filme, apesar das críticas de alguns hindus conservadores, tornou-se a maior bilheteria de Hollywood na Índia em 2023. A obra aborda a complexa personalidade de Oppenheimer, suas paixões e busca por uma filosofia que lhe trouxesse paz de espírito.

Fonte: Soul Trendz | Redação | @soul.trendz